A zona mais próxima à Ponte de San Martín, ao oeste de Toledo, é a que foi especialmente ocupada por séculos pela comunidade judaica nesta cidade.
Ocupou uma extensa área que ao longo do tempo foi crescendo em tamanho, se bem nem sempre ocupou o mesmo espaço.
De todas as sinagogas que chegou a haver na cidade ainda há duas que se mantêm em pé, que são as que vão sendo visitadas. Num extremo da judiaria está a Sinagoga do Trânsito, junto ao Parque do mesmo nome, onde esteve o palácio de Samuel ha-Leví, relacionado directamente com a construção no século XIV desta Sinagoga. Posteriormente foi utilizada como templo pelos cristãos, e desse período restam ainda alguns elementos. Na actualidade esta Sinagoga é o Museu Sefardi, e através das suas galerias pode-se aproximar á história dos judeus que habitaram em Espanha até ao momento em que foram expulsos pelos Reis Católicos.
A outra Sinagoga, mais antiga que é a do Trânsito, tem na actualidade o nome que foi dado durante o tempo em que foi utilizada como Igreja pelos cristãos: Santa María a Branca. É um magnífico exemplo da influência muçulmana tanto na construção como na ornamentação.
E no outro extremo da judiaria encontra-mo-nos com o Mosterio de São Jõao dos Reis, de grande importância histórica com respeito aos seus fundadores, os Rei Católicos, que puseram final ao período de quase oito séculos durante os quais os judeus habitaram junto com os muçulmanos e os cristãos nos seus reinos.